O presidente do Foripes-MG, Demetrius David da Silva, esteve em Brasília (DF), nessa quarta-feira (17), para uma reunião com parlamentares de Minas Gerais, coordenada pelo deputado federal Igor Timo, líder da bancada mineira na Câmara de Deputados. O presidente apresentou ao deputado um histórico dos valores aportados pela bancada para cada universidade, instituto e o Cefet do estado entre os anos de 2018 e 2025. O levantamento feito pelo professor Demetrius demonstra a progressiva redução dos recursos repassados pela bancada mineira às instituições públicas de ensino representadas pelo Foripes. Dos R$ 29.779.493,04, distribuídos igualmente entre as 11 universidades, em 2018, chegou-se a zero real em 2024 e 2025.
A reunião com o líder e diversos outros deputados da bancada mineira demonstra o empenho da presidência e da diretoria do Foripes para que as emendas voltem a contemplar as universidades, institutos e Cefet. Segundo Demetrius, elas são necessárias e fundamentais para ajudar a recompor parte das perdas sofridas com as leis orçamentárias aprovadas nos últimos anos pelo Congresso Nacional. Durante a reunião, Igor Timo assumiu o compromisso de defender a inclusão das Ifes entre as beneficiárias das emendas de bancada em 2026, assim como de assumir a liderança de um esforço concentrado da bancada para que o Ministério da Educação possa recompor o orçamento das instituições.


Histórico do repasse
Conforme já mencionado, em 2018, o valor total da emenda parlamentar foi distribuído igualmente entre as 11universidades. Cada uma recebeu R$ 2.707.226,64. Os institutos não foram contemplados naquele ano, assim como aconteceu em 2019, quando o valor total da emenda repassada foi de R$ 22.628.520,97, ou seja R$ 7.150.972,07 a menos. Esse total foi dividido entre as universidades, cabendo a cada uma R$ 2.057.138,27. Em 2020, o total foi de R$ 17.419.865,84: R$ 8.889.122,00 para as universidades e R$ 8.530.743,84 para os institutos.
Em 2021, não houve distribuição entre as Ifes e os institutos. A bancada decidiu aportar todos os recursos (R$ 15.680.297,00) na Universidade Federal de Minas Gerais, para o desenvolvimento de uma vacina contra a Covid-19. Em 2021, o repasse para as Ifes foi de R$ 8.330.183,00 e para os institutos R$ 4.553.736,00. No ano seguinte, R$ 18.433.767,00 para as Ifes e R$ 10.047.985,06 para os institutos. Já, em 2023, houve um pequeno aumento desse valor, sendo destinado R$ 18.433.767,00 para as Ifes e R$10.047.985,06 para os institutos.
De acordo com o histórico elaborado pelo professor Demetrius, a partir de 2020 a distribuição dos recursos da bancada mineira começou a ser realizada por cotas individuais dos parlamentares. Em 2023, em um outro esforço realizado pela presidência do Foripes, conseguiu-se uma emenda do senador Rodrigo Pacheco de R$ 51 milhões para as Ifes. O valor foi distribuído com base nos cortes sofridos na aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA). Em 2024, as universidades não foram contempladas com recursos, apenas os institutos federais do estado, que receberam R$ 2.519.017,54. Embora estivesse previsto o repasse de R$ 56 milhões, por meio de uma emenda do senador Rodrigo Pacheco, o governo federal cortou integralmente o recurso naquele ano. A justificativa se deu pelo fato de serem Emendas RP2, uma nova rubrica utilizada pelo governo do presidente Lula para destinar verbas. Já, em 2025, nenhuma emenda foi repassada pela bancada mineira para as 17 instituições federais de ensino superior de Minas Gerais (11 universidades, cinco institutos e um Cefet).